Isolamento térmico – É uma casa fria portuguesa, com certeza

Em Portugal, a importância do isolamento térmico das habitações é um tópico ao qual é dada pouca relevância, especialmente considerando o seu impacto direto na qualidade de vida e saúde da maioria dos nossos habitantes.

Segundo um relatório lançado pelo Portal da Construção Sustentável, cerca de 74% dos portugueses considera que a sua casa é fria durante o inverno, e apenas 1% afirma que a sua casa é termicamente confortável.

 

São números que espelham a dura realidade de Portugal, um dos países da União Europeia com a maior taxa de mortalidade durante a estação fria, por falta de condições de isolamento e de aquecimento das habitações, afetando principalmente a população idosa e pessoas com sistemas imunitários fragilizados.

É um cenário preocupante, mas que se pretende inverter rapidamente, havendo inclusive diretivas da U.E. que obrigam os Estados-Membros a criar melhores e mais eficientes condições que não só melhorem a qualidade de vida dos habitantes, mas também a sustentabilidade e desempenho energético do parque edificado a nível europeu. (Saiba mais)

 

ELETRICIDADE EM PORTUGAL É A MAIS CARA DA UNIÃO EUROPEIA

 

Não é segredo para ninguém – em Portugal, a eletricidade é paga a peso de ouro. O nosso país ocupa o lugar cimeiro do ranking dos países onde os preços são mais elevados, quando ajustados ao poder de compra.

De acordo com os dados lançados pela Eurostat, a eletricidade em Portugal (quantificada em PPS – medida que permite ajustar o preço praticado nos diversos Estados-Membros ao respectivo poder de compra) apresenta o valor de 28,2 unidades, o mais elevado de toda a UE, estando à frente de países economicamente mais ricos como a Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Irlanda e Espanha.

Juntando à equação o atual panorama económico nacional, é fácil entender o porquê de os portugueses não terem o hábito de utilizar sistemas de aquecimento (ou arrefecimento, no verão) nas suas habitações, optando pelo reforço a nível de roupa e cobertores.

Contudo, não podemos olhar apenas para o custo da eletricidade como principal “culpado” pelo frio que os portugueses passam em casa. Acima de tudo, o problema “reside” no próprio método de construção da maioria dos edifícios, nos materiais utilizados e, principalmente, no isolamento térmico aplicado.

ISOLAMENTO TÉRMICO – O MELHOR AMIGO DA SUA SAÚDE, CONFORTO E CARTEIRA

Falando agora do verdadeiro protagonista desta publicação – o isolamento térmico. Um edifício bem isolado termicamente apresenta benefícios que vão além da óbvia melhoria da temperatura ambiente interior.

Tem dúvidas? Passamos a explicar.

  1. Conforto térmico

Este é o benefício mais evidente da nossa lista. A principal função dos painéis de isolamento passa precisamente por evitar variações de temperatura indesejadas, contribuindo para a estabilização da mesma a um nível confortável para o corpo humano, tanto no inverno como no verão.

O nível de isolamento deve ser ajustado não só ao próprio edifício, mas também à sua localização. É importante ter em conta as diferenças meteorológicas sentidas em distintas regiões do país.

Esse ajuste está diretamente associado à espessura dos painéis e ao tipo de material isolante utilizado. Ao contrário de alguns materiais usados na construção tradicional, como o aço e outros materiais inorgânicos, existem opções orgânicas (como a madeira, por exemplo) que se apresentam como fracos condutores térmicos e, por isso, ideais para o isolamento térmico.

  1. Conforto acústico

Da mesma forma que alguns materiais apresentam características físicas que lhes aufere uma menor variação comportamental térmica, o mesmo se aplica à condução de ondas sonoras.

A utilização de painéis de isolamento criará um maior conforto acústico no interior do edifício, absorvendo as ondas sonoras que, por sua vez, resulta na redução do efeito de eco no interior e do ruído indesejado vindo do exterior.

Não é por acaso que os melhores auditórios e anfiteatros do mundo são construídos em madeira e outros materiais que proporcionam uma experiência acústica extraordinária.

  1. Ambiente mais saudável e preventivo

Um ambiente termicamente estável reduz significativamente a possibilidade do surgimento de condensação nas superfícies interiores, impedindo assim a formação e proliferação de microrganismos nocivos à saúde, como fungos ou bolores.

Aliar o bom isolamento térmico a um sistema de ventilação que assegure a renovação da qualidade do ar interior, ajudará a olhar pela sua saúde e da sua família, e beneficiará especialmente pessoas com problemas respiratórios ou com o sistema imunitário comprometido.

Entre 2011 e 2016, número de portugueses com um diagnóstico de problemas respiratórios mais do que triplicou, realçando a importância de criar condições preventivas ao surgimento ou agravamento deste tipo de problemas.

Informe-se sobre as soluções existentes no mercado, ou entre em contato connosco para que lhe possamos dar a nossa opinião especializada acerca da melhor opção para a sua casa.

  1. Redução das faturas de energia

Uma habitação bem isolada terá um impacto imediato na utilização de sistemas de aquecimento (ou arrefecimento), resultando numa redução substancial da fatura de energia para o aquecimento e o arrefecimento do lar.

O isolamento térmico é, aliás, um dos principais princípios usados na construção de casas de alto desempenho energético. Algumas construções permitem atingir uma redução do consumo energético de até 80% face à construção tradicional, como é o caso das Casas Passivas (Passive Houses).

  1. Valorização da propriedade

Numa altura em que o mercado da reabilitação em Portugal está avaliado em cerca de 24 mil milhões de euros, melhorar as condições da sua propriedade poderá ser uma boa oportunidade de investimento para o futuro.

De forma a promover a reabilitação urbana, o Estado aprovou várias medidas de incentivo à reabilitação de edifícios, em forma de incentivos fiscais (IRS, IMI, IMT, e outras mais-valias). O Programa Casa Eficiente 2020 é uma dessas iniciativas que poderá aproveitar para reabilitar a sua propriedade (saiba aqui se é elegível).

Mesmo que não faça intenções de vender a sua propriedade, será sempre do seu interesse acautelar a preservação da mesma de forma a que dure por um largo período de tempo.

Fale connosco, planeie e execute as suas obras – a missão “reabilitar” está em marcha.

  1. Sustentabilidade

A diminuição das necessidades energéticas da sua casa traz, por sua vez, benefícios a nível de sustentabilidade financeira e da diminuição da pegada ambiental, ajudando a preservar o nosso planeta para as futuras gerações.

Conforme referimos anteriormente, está em marcha a nova diretiva da UE que visa um parque edificado altamente eficiente e sustentável. Segundo a diretiva, os novos edifícios deverão ser nZEB (Nearly Zero Energy Buildings). Por outras palavras, devem obrigatoriamente ter necessidades energéticas quase nulas, sendo que a satisfação dessas necessidades deverá ser feita maioritariamente por energia proveniente de fontes renováveis, preferencialmente produzidas no local ou nas proximidades.

Conheça as exigências da UE para novos edifícios construídos a partir de 2021!

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